tag:blogger.com,1999:blog-8683261580586477492024-03-13T18:08:31.603+00:00Carina Rosa Ler é abrir portas a novos mundos e a novas vidas, como se o sol entrasse pela janela, mesmo num dia chuvoso. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-55526156758949271512014-08-09T12:35:00.001+01:002014-08-09T12:35:43.051+01:00«Encontro em Itália» - Opinião<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Bem, por onde começar? Este livro causou-me sentimentos ambíguos: Começou muito bem, com aquela parte contemporânea arrebatadora que me fez entrar no livro de cabeça. A Liliana tem este dom: arrastar o leitor para o seu mundo, levá-lo a esquecer-se de onde está e fazer tão parte da história como qualquer um dos outros personagens. Tudo, desde o pedido de amizade de Henrique a Sara, me viciou e me deixou presa àquelas páginas. Eu, menina dos romances contemporâneos, não pude resistir ao amor que toda a história prometia e confesso que adorei os dois: o Henrique, no seu lado calmo e sensato, e a Sara, a chama acesa, mas também Pedro, um cómico com algumas saídas muito engraçadas, a Bia, com uma personalidade viva que a leva a ser frontal de uma forma especial, e até Olga e André: amei estes dois. Sou fã de badboys e badgirls e eles estavam excelentemente caracterizados. Aquela cena na praia entre os dois está simplesmente perfeita e confesso que o André, com aquela sua obsessão pela Sara, sempre me fascinou: um homem rude e agressivo, que se torna um anjo perto dela. A Liliana é muito boa nestas cenas fortes. </div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-wNN_IQ6xD0g/U-X8HSGBj8I/AAAAAAAAAR0/fajKD8hxHEQ/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-wNN_IQ6xD0g/U-X8HSGBj8I/AAAAAAAAAR0/fajKD8hxHEQ/s1600/sem+nome.png" /></a></div>
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Tenho de admitir, por outro lado, que detestei a Isabel: uma cópia da Sara e um pau mandado, sem personalidade e vontades próprias. Só a explicação final das suas atitudes me levou a tolerá-la ligeiramente. </div>
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Quando Henrique chega a Portugal, vê a nova Sara e conhece Isabel, a irmã dela, a coisa caiu-me mal: revoltou-me um bocado que ele se sentisse atraído por ela só pelas semelhanças que tem com a irmã e irritou-me o facto de nem se interessar em saber o motivo pelo qual Sara mudara tanto. É claro que tudo isto tem uma explicação mais à frente e eu agradeci mentalmente à Liliana por isso, mas a verdade é que aquilo que senti na altura não se apagou e custou-me. Desiludi-me com o Henrique e com a sua falta de tacto. Depois, esperava outro reencontro, mais intenso, mais verdadeiro, mais tudo...eu sei que eles estiveram sete anos separados, mas a minha visão romântica das coisas não pôde deixar de se recriminar pela forma como tudo acontecia. No entanto, tenho a dizer que a entrada da Isabel em cena fez com que eu temesse pelo amor entre os dois personagens principais e isso é bom! É o que se quer!</div>
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Acordei do livro, por assim dizer, quando a viagem a Itália se inicia. Deixei-me aborrecer nesta parte: a distância que existia entre Henrique e Sara, quando eu só queria que falassem do passado e de tudo aquilo que ficou por dizer, não ajudou. As discussões intensas, a atitude estúpida do Henrique...tudo me magoou...e confesso que com tudo isto, já me tinha esquecido que isto era uma história sobrenatural. E é aqui que entra o livro e a gata que fala: Haari. Acho que, com o esquecimento e no meio do sofrimento que sentia por Henrique e Sara, não estava preparada para isto. O sobrenatural custou-me a entrar, quando a parte contemporânea estava tão boa, e o que senti a partir daqui foi um pouco estranho: era como se estivesse a ler duas histórias distintas, sem grande interligação; quando os problemas de uma ainda não estavam resolvidos, entraram os de outra e eu dei por mim a desejar regressar ao Palhinhas, a André, a Paulo e a Bia, a minha zona de conforto onde tinha sido tão feliz no início da história. </div>
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É quando Henrique e Sara regressam a Portugal que a acção recomeça e, entre partes contemporâneas e sobrenaturais, dei por mim a entender o encaixe de cada ponta solta e a adorar o livro, mais uma vez. Apaixonei-me pela Haari, pela nova relação entre Sara e Henrique e por todos os problemas que existiam entre este mundo e o outro. Confesso que li as últimas páginas sofregamente, com medo do que pudesse acontecer! Suspirei de alívio quando o final foi exactamente o que eu esperava: lindo! Só senti falta da Bia e do Paulo: queria muito que se entendessem! Talvez num próximo volume?</div>
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Obrigada, Liliana, e parabéns por mais esta história e este mundo para o qual me arrastaste e para o qual me deixei ir de livre vontade, onde fui muito feliz. Outras obras se aguardam e...nunca deixes de escrever! :)</div>
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Deixo abaixo um excerto da obra, de uma das minhas cenas preferidas:</div>
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- Neste momento, o que me preocupa é que, de forma inconsciente, possas estar a olhar para a Isabel e a ver a Sara. E que talvez tarde demais descubras que a semelhança entre as duas se limita ao que o espelho mostra. A Isabel não é a tua amiga de infância; não foi com ela que aprendeste a ler e a escrever; não foi com ela que construíste a casa da árvore que ainda hoje está no jardim; e não é ela que está a precisar de ti neste momento".<span class="userContentSecondary fcg"> </span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-1253489033402409752014-05-21T23:20:00.002+01:002014-05-21T23:20:53.626+01:00«Um dia perfeito» - Nora Roberts - Opinião<div style="text-align: justify;">
Uma leitura agradável, mas com um final um pouco apressado, a meu ver. A própria relação entre Mackensie e Carter foi demasiado fugaz. A forma como se encantaram, envolveram e apaixonaram foi repentina e faltou-lhes credibilidade, em suma, tempo e espaço. Uma relação algo fútil, sem grande profundidade, que teve, no entanto, momentos felizes e divertidos. </div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-uix8EuBf2Q8/U30mgVL1hNI/AAAAAAAAARk/aXP8r_txtys/s1600/17705257.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-uix8EuBf2Q8/U30mgVL1hNI/AAAAAAAAARk/aXP8r_txtys/s1600/17705257.jpg" height="320" width="222" /></a></div>
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Começava a acreditar neles quando a autora me diz: <br />- E é isto. Acabou. <br />Eu perguntei: <br />- Já? <br />E ela impingiu-me o primeiro capítulo do próprio volume. <br />-Diverte-te com a Emma.<br /><br />Pontos positivos: Gostei bastante do passado da Mac, da sua relação com a mãe e dos seus complexos e problemas de confiança/segurança devido a isso. Gostei da personagem, da sua relação com as amigas e da profundidade do seu meio profissional.<br />O Carter é um nerd querido e fofinho, muito bem construído. <br />O Bob é um amigo cómico e eu ri-me bastante com ele e com as suas listinhas de deveres. <br />As amigas de Mac têm também as suas próprias personalidades vincadas e eu estou curiosa para conhecer mais delas. São verdadeiras amigas, sempre presentes numa tempestade, por isso pontos para elas.<br /><br />Pontos negativos: Para uma pessoa insegura e desconfiada, que passa a vida sem saber o que fazer à vida - avançar/recuar? amar/detestar? Mac mudou de atitude muito repentinamente, no final da história. Percebi que era o final pelas conclusões previsíveis da personagem, em relação aos seus próprios sentimentos, mas pareceu-me que a história tinha sido cortada forçadamente, por um motivo que desconheço. Será o caso? Um maior aprofundamento da relação amorosa entre os dois protagonistas e um desacelerar da narrativa em direcção ao final tão ansiado teria valido pontos à história, que é engraçada, divertida e está bem escrita, mas...faltou-lhe alma. Nora Roberts é capaz de bem melhor. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-13483424810541478732014-05-11T18:10:00.000+01:002014-05-11T18:10:16.145+01:00Opinião «A Chama ao vento» - Carla M. Soares<div style="text-align: justify;">
Mais uma vez, Carla Soares não desiludiu, pelo contrário, surpreendeu. Li a sua primeira obra, «Alma Rebelde», e não me tendo arrebatado, gostei imenso e estava ansiosa para ler o seu novo romance, quando lhe vi o brilhozinho nas redes sociais. Apressei-me a comprá-lo e ainda tenho um sorriso nos lábios ao recordar a obra, que terminei há pouco. <br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-S9zPp1B377k/U2-ur8KkLWI/AAAAAAAAARU/TxBRdQ635c8/s1600/image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-S9zPp1B377k/U2-ur8KkLWI/AAAAAAAAARU/TxBRdQ635c8/s1600/image.jpg" height="320" width="204" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
Uma coisa que adoro na autora é a sua capacidade de se reinventar, de assumir tantas cores quanto um camaleão, mudando de pele e de personalidade como quem muda de roupa. Escreve géneros literários distintos e é admirável que o faça com mestria, em cada trabalho.<br /><br />Este é um romance que se divide em duas partes: presente e passado, os estilos contemporâneo e histórico a envolverem-se numa dança brilhante, que me deixou com os olhos pregados nas páginas e as ideias bem longe da realidade e presas à história. Primeiro, aquele início: Um corpo é atirado ao mar...que corpo? Prendeu-me e quando dei por mim, com as algemas bem presas aos pulsos, já não conseguia libertar-me. Tive de esperar muito tempo para perceber a que se referia a autora com este princípio de história, mas valeu bem a pena a espera. Foi um golpe de mestre.<br /><br />Francisco, o personagem principal, cativou-me desde o princípio, com aquela personalidade peculiar, fruto de muita coisa mal resolvida que o leitor vai descobrindo ao longo da leitura. Conheço uma pessoa muito parecida e talvez por isso me tenha identificado tanto com ele. Também sofri muito ao colocar-me na sua pele de menino abandonado. Adorei-o, adorei a Teresa e a relação que mantinham, e quando o passado se impôs entre os dois, senti a sua ausência na história. Não foi uma coisa negativa. Era uma saudade boa, que ia sendo colmatada com a verdade de Francisco, a vida da avó, Carmo, e Dekel, que me destroçaram o coração, e o pobre João, para quem desejei sempre mais do que aquilo que teve. <br /><br />Todo o livro foi chama, não a chama extinguida do olhar de Carmo, mas a chama sempre acesa daquilo que foi um dia. O vazio e a solidão das personagens eram sempre colmatados com amor e amizade, momentos ousados que a autora soube desenhar ao longo das páginas. <br /><br />Depois, a vertente histórica: Todo o passado foi bem retractado, com elementos históricos bem definidos no seio da segunda guerra mundial: a excitação das gentes de Lisboa, o medo dos que sabiam, a inocência dos que ainda viviam nos tempos de ouro, vendo tudo, mas fingindo não ver. E no meio de tudo isto, um amor que me partiu o coração e que explicou, de muitas formas, a maneira como uma chama pode ser apagada com a força do vento. <br /><br />Acho que as analepses que caracterizaram toda a história foram muito bem metidas, cativando sempre o leitor a ler mais e mais, dando-lhe apenas pedaços de verdade, que só servem para o tornar impaciente. <br /><br />Gostava de ter visto mais de Francisco e Teresa. Apesar dos poucos momentos que passaram juntos ao longo da história, prenderam-me com uma química muito especial e eu adoraria que a autora pegasse na continuação desta história e que os desenvolvesse, mostrando, ao leitor, a forma como Francisco acabou por lidar com as barreiras que destruiu em torno de si próprio. Estas acabaram por cair-lhe aos pés e Teresa entrou no seu mundo com a sua permissão. Mas será assim tão fácil? Francisco ergueu à sua volta muros altos e inquebráveis e eu gostaria de saber como lidaram ambos com este novo Francisco. <br /><br />Por fim, a escrita: Não é novidade. A escrita da autora é sublime, bonita, fluída, com recurso a metáforas fantásticas, que eu adorei. Era um livro que merecia ter um destaque maior em papel. O leitor que tiver acesso a ele, quererá tê-lo na estante e espero que a editora possa apostar nisso. <br /><br />Recomendo e quero mais livros da autora! :D</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-66312963602653673332014-05-08T22:44:00.000+01:002014-05-08T22:44:44.615+01:00Angústia
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Cresce em mim uma angústia desesperante que os dias de chuva
não levaram com a sua tristeza dos dias de Abril. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-m5FEcMBJwRs/U2v6KCKdOjI/AAAAAAAAARE/7E2thNy5p38/s1600/tumblr_m4df25PI0Z1qkiy1to1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-m5FEcMBJwRs/U2v6KCKdOjI/AAAAAAAAARE/7E2thNy5p38/s1600/tumblr_m4df25PI0Z1qkiy1to1_500_large.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Esta primavera com sabor a
Verão tem-me sabido bem. Tem-me trazido uma falsa felicidade. Não será sempre
falsa? Ou falsas, as ilusões. Tudo muda num segundo, ou pode mudar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Cresce em
mim a angústia de perder. Perder aquilo que tenho, aqueles que amo, o mundo
como o conheci. Tenho pensado para mim que a informação está a dar-me cabo do
juízo. A informação da Internet, dos jornais, das televisões, das redes
sociais. Informação, informação. Drama e mais drama. E depois, a ironia: eu
própria fiz essa informação, um dia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">É possível viver assim? É possível viver
sempre na ânsia de perder, porque conhecemos o vazio, a tristeza e a dor? É a
dor dos outros, sempre a dor de desconhecidos, quando vemos, ouvimos e lemos a
informação de fora. Mas quando nos toca? O mundo desaba, deixamos de ver, de
ouvir e de ler. As pernas tremem, o coração acelera e deixamos um pequeno animal
nervoso, cessando o seu ladrar impertinente para nos olhar, curioso, com os
olhos tristes e brilhantes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>Está tudo bem</em>, digo-lhe. <em>Tudo bem.</em><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Outra mentira, outra ilusão. Pessoalmente, não preciso que
me falem de dramas para ser dramática. A tragédia corre-me nas veias e preciso
frequentemente de encontrar o meu refúgio. Hoje encontrei-o. Ainda não foi
hoje. E repito:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>Está tudo bem.</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Desta vez, é verdade. Ainda nada mudou. Ainda não há um
problema definitivo. Ainda existe uma solução. Vou acreditar nela, durante o
dia, mas sei que, em algum momento dos meus sonhos, os pesadelos vão regressar
e recordar-me de que não posso distrair-me. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>Tens de continuar a preocupar-te</em>, diz-me a voz dos sonhos. <em>Tens
de te preocupar.</em> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não me parece que faça outra coisa. Faço sempre isso, quando
a minha mãe me envia uma mensagem em horas pouco habituais, ou me telefona com
voz de constipada. O coração salta-me no peito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>Estou constipada, filha,</em> quero que me diga. Só quero que me
diga isso. E por vezes, diz. Por favor, continua a dizê-lo. Por favor, não me
tires o chão. <em>É só uma constipação. Vai passar.</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Onde fica a vida? Onde fica o sonho? Onde fica o futuro? Conseguirá
alguém continuar a viver sabendo o que de pior acontece aos outros? E no meio
de tudo isto, tenho de continuar a sorrir, porque amo a vida. Amo os meus
amigos, os meus familiares, o meu trabalho e os meus meninos da ginástica, que
me dão tantos sorrisos. Amo as palavras, amo os livros, amo aqueles que conheci
através deles. No meio disto tudo, tenho de acabar por aqui. Tenho de voltar a
sorrir, voltar a escrever, voltar a esperar. Porque sem esperança, não acredito
mesmo que possa viver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-91500957274408116132014-04-05T22:41:00.001+01:002014-04-05T22:47:34.358+01:00Opinião - «Sozinhos na ilha» - Tracey Graves<div style="text-align: justify;">
Já li este livro há algum tempo. Terminei-o precisamente na noite de passagem de ano e acabei por não ter tempo de escrever uma opinião sobre ele, durante a época de festas. Depois surgiram outras leituras e esta crítica acabou por passar, mas o livro não ficou esquecido e irei recordar sempre a história com carinho. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-V1t6RJO3xFA/U0B4bFU0m6I/AAAAAAAAAQ0/Yn3VfKYeHw0/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-V1t6RJO3xFA/U0B4bFU0m6I/AAAAAAAAAQ0/Yn3VfKYeHw0/s1600/sem+nome.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Tenho um aviso a fazer: história altamente viciante! Li-o em e-book (foi um tremendo presente de Natal) e tenho muita pena de não o ter na minha estante, para que eu possa sorrir-lhe sempre e recordar-me da Anna e do T.J. por entre a areia, as águas azuis e os golfinhos simpáticos da ilha que os acolheu, depois da queda do avião onde seguiam, e que acabou por se tornar na sua casa durante anos. <br />
<br />
Foi uma obra que me arrebatou completamente. Adorei cada pormenor de sobrevivência, cada gesto de amizade e de amor entre a Anna e o T.J., uma relação maravilhosa que vai crescendo a um ritmo alucinante e viciante e que me manteve presa às páginas do livro até à última letra. Na altura, andava desiludida com as minhas últimas leituras e estava pronta a pôr as culpas na minha Kobo, por não estar habituada a ler em e-reader e pensar que as obras não teriam em meios digitais o mesmo gosto do folhear das páginas por entre os dedos. Como estava enganada! Um bom livro lê-se em qualquer sítio, num e-reader, numa folha de papel esborratada e até às escuras. <br />
<br />
Foi a minha estreia com a autora e surpreendeu-me pela positiva. T.J. é um personagem com P maiúsculo, pela sua tenra idade e, ao mesmo tempo, maturidade em relação aos jovens da sua idade, talvez pelo problema de cancro que havia ultrapassado e que o moldara de alguma forma. O seu altruísmo, a sua generosidade e a forma como amou a Anna, não um amor repentino, mas bem delineado, bem pensado e escrito, com as palavras, a química e os gestos na altura certa, conquistaram-me. Não me parece possível que um leitor não acredite no amor entre estes dois. A Anna, por seu lado, uma mulher adulta e madura, incapaz de sucumbir aos ciúmes ou de impedir o T.J. de viver a sua vida, mesmo sabendo que podia perdê-lo. Ela libertou-o para que ele voasse de volta para si, se o pretendesse, e penso que essa é a mais bonita forma de amar. <br />
<br />
O que dizer daquele primeiro beijo, no abrigo? O que dizer da forma como a Ana tratou o T.J., quando ele mais precisava, e de como ele próprio o fez com ela, quando Anna sucumbiu à fraqueza? As cenas íntimas entre ambos foram simplesmente lindas. Arrepiei-me, chorei e sorri e...nem sei. Só sei que Tracey Graves fez as coisas tão bem que só tenho de elogiá-la. <br />
<br />
Aquele final fez-me chorar de felicidade e podem ter a certeza de que entrei mais feliz no novo ano. Amei e quero mais! Recomendo :) </div>
<div id="review-like" style="text-align: justify;">
<span class="likeItContainer" id="like_container_review_803518830"></span> <a class="greyText" href="https://www.goodreads.com/flagged/new?resource_id=803518830&resource_type=Review&return_url=%2Freview%2Fshow%2F803518830" id="flag_link803518830" rel="nofollow" title="Flag this review as inappropriate."></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-75545540202308656512014-04-05T18:44:00.001+01:002014-04-05T18:44:10.483+01:00Opinião - «Memória das minhas putas tristes» - Gabriel García Márquez<div style="text-align: justify;">
Ok, que livro estranho. Tem, na sua maioria, boas classificações, o que me leva a pensar: Será que é falha minha? Foi o primeiro livro que li do autor Gabriel García Márquez e estava há tanto tempo na estante que pensei: é desta. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-arotwgseFAU/U0BA3fIXJ_I/AAAAAAAAAQk/fj5jlyWrSNw/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-arotwgseFAU/U0BA3fIXJ_I/AAAAAAAAAQk/fj5jlyWrSNw/s1600/sem+nome.png" /></a></div>
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<br /><br />Confesso que a leitura me desiludiu um pouco. A escrita é boa, embora, na versão que li, não se faça distinção entre um diálogo e o texto corrido, nem com travessões ou sequer itálico. Admito, no entanto, que me foi fácil perceber a quem pertencia cada voz. Este é o mal menor. <br /><br />Acho que o mal está na história: um velho jornalista decide, no dia do seu 90.º aniversário, dar um presente a si mesmo e desflorar uma virgem no bordel da sua velha amiga Rosa Cabarcas, onde passou tantas noites da sua vida, visto ser um homem que nunca casou, dedicando-se inteiramente às artes do sexo, por entre os lençóis das suas "putas tristes". E triste é a história, também. A sua velha amiga acaba por arranjar-lhe uma virgem de catorze anos que, de tão assustada pela sua primeira vez, tem de ser sedada e o velho jornalista encontra-a sempre a dormir, dessa e de todas as outras vezes em que a visita. <br /><br />A minha pergunta é: Porquê, meu Deus? E esta pergunta serve para muitas coisas: Porque é que que um velho de noventa anos quer desflorar uma virgem? Não se chamaria a isso pedofilia, mesmo que a virgem seja uma puta? Compreendo os motivos dele, dado o seu carácter sempre leviano, mas porque não outra mulher qualquer? <br /><br />Ponto dois: se o autor escolheu mesmo uma virgem, pela qual o jornalista acaba por se apaixonar (não pelo que Delgadina, como a chama, é, mas pelo que parece, nua e jovem a dormir ao seu lado, visto que nunca chegam a conversar, ou a olhar-se, sequer) porque é que ele nunca chega a apanhá-la acordada? O medo da sua primeira vez tinha de desaparecer, eles tinham de manter um diálogo, uma interacção, uma química, mas nada disso acontece. Este velho a quem Rosa Cabarcas intitula de sábio mantém uma paixão platónica pela miúda de catorze anos que não passa disso mesmo, e aproveita-se dela enquanto dorme, seja com beijos e carícias, seja com histórias que lhe conta e músicas que lhe canta aos ouvidos. Depois ainda lhe chama "puta" alto e bom som, quando pensa que ela já não é virgem, e Delgadina continua sem lhe responder ou olhá-lo, limitando-se a encolher-se, enquanto ele tem um ataque de ciúmes, quando a rapariguinha nunca foi dele e, convenhamos, jamais poderá ser. Começo a desconfiar que Delgadina nunca existiu, senão na mente do velho jornalista. <br /><br />E pronto. Fim de história. Delgadina nunca chega a acordar e ele fica à espera da morte, sem nunca ter conhecido a mulher por quem platonicamente se apaixonou. <br /><br />Isto foi estranho, principalmente se tentarmos imaginar a história pela cabeça de um homem de noventa anos, apaixonado por uma miúda de catorze que só existe nos seus sonhos. As minhas duas estrelas vão para a escrita do autor, que é bonita e fluída, mas a história não me cativou. Foi aborrecida e confesso que estava a desejar que as páginas terminassem. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-12473772997820712872014-04-03T14:10:00.000+01:002014-04-03T14:10:19.144+01:00Opinião - «Nas teias do poder» - Fernando Teixeira<div style="text-align: justify;">
«Nas teias do Poder» é o primeiro livro, creio, do jovem autor Fernando Teixeira, que o escreveu quando tinha apenas dezasseis anos. Arrisco dizer que foi demasiado cedo. É uma história com apenas 96 páginas que me custou mais a ler do que muitas de 600. <br /></div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1LhoMojAUCY/Uz1c9gW4dFI/AAAAAAAAAQU/KvQvDUk0D78/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-1LhoMojAUCY/Uz1c9gW4dFI/AAAAAAAAAQU/KvQvDUk0D78/s1600/sem+nome.png" /></a></div>
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Até a meio do livro, não percebi, sinceramente, qual era a história. Penso que não existia. O que lia eram apenas fragmentos de pensamentos do autor, sem contexto, nem nexo, divagações imperceptíveis sobre a actualidade no geral. A partir do meio do livro, continuei sem perceber a história, se era um surto de gripe no País, se era uma crítica social à actualidade política, com um aprofundamento muito fraco, um romance entre a fictícia ministra da saúde e o seu grande amor René, ou ainda um romance policial, quando este último tenta vingar-se pelo facto de Marisa o ter abandonado e acaba por raptá-la. <br /><br />Para além de a estrutura/enredo não funcionar, pois não existe uma ideia de história definida, tudo foi escrito muito à pressa. Parecia que o autor estava a desejar terminar o livro, sem nunca o ter começado. O romance entre a Marisa e o René, por exemplo: no mesmo dia, ele passa de convencido a um santo que merece pena, contando a Marisa fragmentos do seu passado que nunca poderia ter contado com total indiferença e falta de tacto a uma desconhecida. E no mesmo dia, beijam-se e passam a amar-se. O último diálogo entre ambos parecia uma conversa de final de história, quando era a primeira vez que se falavam. Achei surreal. Depois, as incoerências e um afastar da realidade que tornou os acontecimentos algo ridículos, a meu ver. <br /><br />Alguns exemplos:<br /><br />- Um paciente em falência hepática chega ao hospital, é prontamente levado ao bloco de cirurgia e nem meia hora depois já tem o órgão compatível de que necessita para fazer um transplante. Era bom que assim fosse, mas existem listas de espera intermináveis nestes casos e muitas vezes não chega a haver compatibilidade, nem órgãos disponíveis; <br /><br />- Pessoas a entrarem a gritar pelos corredores do hospital e terem acesso aos blocos cirúrgicos;<br /><br />- Enfermeiras a gritar nos corredores com um intruso cidadão ao lado (que entrou no hospital e dirigiu-se logo a uma enfermeira - não existem recepções/cartões de visita?) - Ninguém pode entrar assim num hospital - como estava a dizer, enfermeiras a gritar pelo cirurgião e este a aparecer em seguida para tratar de um doente com gripe; <br /><br />- Uma ministra da saúde que trata os outros abaixo de cão e que não faz mais nada, senão jogar solitária o dia inteiro no seu escritório, com uma poltrona por debaixo do rabo e com o ar-condicionado ligado no máximo, só "por descuido ou porque o seu salário o permite"... Compreendo que o autor tentava aqui fazer alguma crítica social ao País em que vivemos, mas não soube fazê-la. Não me parece que seja o método adoptado pela nossa ministra.<br /><br />- Uma secretária de ministra que sai a correr em busca da ministra e que, no percurso, ao invés de pensar em algo relacionado com o sucedido, pensa em como desejara um dia ser atleta de alta competição e como os apoios no nosso País são escassos para todos os desportistas (penso que o autor queria aqui exaltar talvez alguns dos seus próprios pensamentos, como penso que fez ao longo do livro com todos os personagens, o que fez com que nenhuma das personagens tivesse carácter - todos tinham fragmentos do carácter do autor);<br /><br />- Um René que, num capítulo que não tem razão de existir, vai ao psicólogo para se anunciar louco e em que o dito psicólogo o apalpa...onde? não compreendi a razão disto e dos pensamentos posteriores do psicólogo que não aparece mais...para não falar que o René saiu de casa onde mantinha cativa Marisa entretanto - o leitor não sabe como. (Confuso).<br /><br />Tudo o resto foi uma sequência de acontecimentos envolvendo ladrões e polícia que mais parecia um filme, tudo tão rápido que só tive tempo de arregalar os olhos com a surpresa.<br /><br />Cheguei cansada ao fim do livro, isto porque aquelas míseras páginas pareciam não ter fim. Peço desculpa ao autor, que escreve, apesar de tudo, quase sem erros e de forma fluída, mas a história e os personagens não resultaram. Acho que a obra é fruto de alguma imaturidade. Penso que, para primeiro livro, o autor deveria ter escolhido um tema com o qual se familiarizasse, desporto, talvez, já que é jornalista desportivo. Espero que o autor possa procurar leitores-beta que o ajudem a melhorar os seus futuros trabalhos. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-63288367318768048752014-04-01T00:16:00.000+01:002014-04-01T00:16:20.228+01:00Opinião: «Lolita», de Vladimir Nabokov<div style="text-align: justify;">
Uma obra perturbadoramente bela com uma escrita e um encadeamento sublimes, que me despertou sentimentos controversos. </div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Wo-4wiRTYPg/UznzwVRv6XI/AAAAAAAAAQE/d0oxO2sliJk/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Wo-4wiRTYPg/UznzwVRv6XI/AAAAAAAAAQE/d0oxO2sliJk/s1600/sem+nome.png" height="400" width="258" /></a></div>
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Durante grande parte da história, considerei Humbert um homem nojento e cobarde. Nojento, por não se impedir de fazer o que faz a Lolita, mesmo tendo momentos de lucidez, em que tem consciência dos erros que comete. Cobarde, por ser tão tímido, tão pacato e inerte como uma lagartixa a repousar ao sol. Tudo lhe cai no colo e deu-me a entender, quase até meio do livro, que queria mostrar-se inocente, aos olhos dos leitores, dos seus pecados. Não era capaz de fazer mal a Lolita, não de uma forma violenta, e tudo o que queria era aproveitar-se dela, sem ter de a enfrentar, com um receio que tornou Humbert aos meus olhos ainda mais abominável. </div>
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Primeiro, tem a sorte de se casar com a mãe de Lolita, somente porque ela o ama. Depois, vê-a morrer na estrada, por acidente, quando tantas vezes sonhara em matá-la, sem nunca ser capaz de o fazer. Mais tarde, tenta manipular Lolita, e como os comprimidos não resultam, o autor arranja uma forma brilhante de inocentar novamente Humbert o maníaco, descrevendo Lolita como a adolescente ousada (mais do que parecia ser), sendo mesmo ela que acaba por seduzi-lo. Mais uma vez, o destino está sempre do lado de Humbert e isto irritou-me muito. </div>
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Esperava um pedófilo violento, preto no branco, embora já conhecesse os contornos da história, através do filme que vi há muitos anos. Esperava alguma bravura por parte deste Humbert para concretizar os seus planos. Este amante de ninfitas pacato e doce provocou-me arrepios, porque escondia tão bem a maldade do leitor que eu já sabia que ele seria o pior dos maníacos. Isto pôs-me a pensar nas características de um pedófilo e ver a história de Humbert retractada na primeira pessoa assustou-me muito. </div>
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O que dizer de Lolita? Uma menina de doze anos sem dúvida diferente, ousada, também ela pervertida, que acaba por ajudar ao jogo a que, de qualquer forma, não escaparia. Talvez a sua ousadia a tenha salvo, mas gostava de saber mais sobre ela, sobre a visão dela das coisas. A história contada na primeira pessoa, pela voz de Humbert, limita muito a imaginação do leitor em relação a esta Lolita, e só mesmo no final do livro é que Humbert nos mostra um pouco o relato da criança sofrida que ela mostrava ser, quando tentava esconder as lágrimas. O que é que ela sentiu com tudo isto? Como é que esta experiência mudou a vida dela? Sei que esta história é sobre Humbert Humbert, o "pai" incestuoso, mas ficou este vazio em relação à menina de doze anos que o leva à loucura.</div>
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Ao longo do livro, os meus sentimentos foram mudando. Humbert tornou-se mais aquilo que esperava dele: ciumento, possessivo, violento, e Lolita mais aquilo que esperava dela: uma criança estragada pela vida que a obrigaram a viver, ansiosa por uma fuga.</div>
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Foi uma obra que me prendeu até ao último minuto, pela escrita magnífica, pelo enredo e pelos personagens excelentemente retractados, e sobretudo pelos pensamentos, alucinações e loucura de Humbert. Chorei pela vida desta criança, pela infância que perdeu e por todas as violações que foi obrigada a suportar, mas creio que chorei também por Humbert, não diria por pena, talvez seja demasiado benevolente, mas amargura pelo tormento da sua mente, que nunca o abandonou. O vício ou a doença, chamemos-lhe, que o contaminava, consumiu-o e devorou-o e não restou nada daquele homem aparentemente doce, que não desejava bater, nem violar. Desejava apenas o prazer carnal e o amor proibido de uma criança. "Não a podia matar a ela, claro, como alguns pensaram. Compreendem, eu amava-a. Foi amor à primeira vista, à última vista, a todas as vistas". Confesso que não esperava por isto. Este homem aparentemente louco conseguiu, em algum momento de lucidez, dar uma enorme quantia de dinheiro à sua Lolita e deixá-la partir para a felicidade. De alguma forma, este desfecho deu-me alguma paz.<br />
Vladimir Nabokov era, sem dúvida, um grande escritor. «Lolita» é um clássico a não perder. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-47888674184523808792014-03-05T23:30:00.000+00:002014-03-05T23:31:11.590+00:00Opinião «A Filha do Barão» - Célia Loureiro<div style="text-align: justify;">
Dou cinco estrelas a um livro quando considero que não lhe falta nada, nem uma boa escrita, nem interesse e emoção num bom enredo que nos leva a ler a história de um sopro. «A Filha do Barão» merece-o. É um romance bem delineado, sem pontas soltas: um bom enredo, com bons personagens e uma pesquisa histórica interessante e contada de forma leve, sem maçar o leitor. </div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Y27tpOZf904/UxezQXPKZNI/AAAAAAAAAPw/SmkX9fxmceM/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Y27tpOZf904/UxezQXPKZNI/AAAAAAAAAPw/SmkX9fxmceM/s1600/images.jpg" height="400" width="260" /></a></div>
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A escrita da Célia já me era conhecida e nunca tive dúvidas quanto ao seu talento, mas confesso que não consigo encontrar semelhanças entre esta escrita e a da obra «O Funeral da nossa mãe», que tive a oportunidade de ler. A autora soube reinventar-se ao escrever esta história de forma sublime, com uma linguagem adequada à época, diálogos tão bons que nos obrigam a mergulhar na história e a devorá-la, amando e odiando personagens simultaneamente.<br />
Em primeiro lugar, a Mariana: rebelde, caprichosa, teimosa e generosa, amiga, amante, um pilar, uma força da natureza. Adorei-a desde o princípio, sorri e sofri com ela, mas também me entristeci com algumas das suas atitudes, o que só a tornam humana. Não é perfeita e este facto foi o que me levou a amá-la desde o primeiro momento: "Como é ela?", perguntavam constantemente a Daniel. E ele respondia, encolhendo os ombros: "É pequena, uma criança. Parece uma cigana de beira de estrada". Este é o primeiro ponto forte da história. Como a própria autora me revelou, não é fácil amar o feio, o pouco desejável, e é por esse motivo que é tão interessante ver a relação entre Daniel e Mariana crescer. Pois esta criança, pequena, lisa como uma tábua e teimosa a ponto de obrigar qualquer um a levá-la ao café do Comércio comer um gelado de chocolate, sempre de chocolate, foi sempre o pilar da história e eu amei-a como a uma amiga de longa data. Achei-a demasiado egoísta e caprichosa mais para o final da história, mas quem lhe poderia tirar a liberdade que sempre lhe correu no sangue? Quem a podia condenar por desejar sair da solidão, da melancolia e da tragédia, que nunca fizeram parte do seu carácter?<br />
Gostei do Daniel e dos seus princípios desde o início. Não sei porquê, mas sempre pensei que ele tinha alguma malícia em relação à Mariana e que seria, em parte, um pouco o vilão da história, mas surpreendeu-me pela positiva. O Gustave foi, para mim, uma alma bondosa que me trouxe paz e amor no meio da guerra, ao passo que Daniel me transmitia sempre inquietação e o desejo que Mariana sentia por ele. Pobre Gustave...<br />
O livro está tão cheio de personagens boas que é difícil falar de todas elas, mas destaco ainda D. Sofia, a quem odiei, mas acabei por perdoar, a bondade de D. João, a velha Nuna, que me deixou um peso no coração, Artur, que me fez rir, Zé e a sua ingenuidade, e até Elizabeth e Joaquim, por cujo amor sempre torci. E aquele final? ai, o final...quanto tempo teremos de esperar para saber a continuação? Quero muito que seja verdade. Adorei este desfecho.<br />
A escrita: limpinha, bonita, arrebatadora, como a autora já nos habituou, com um toque de romance ousado que não conhecia da Célia e que amei. Parabéns, Célia! Tens aqui uma obra com «O» maiúsculo e sei o quanto te esforçaste para a ter assim, linda, no papel. Mereces todas estas estrelinhas. Força. Sabes que estarei sempre deste lado a apoiar-te e a partilhar esta paixão que são letras, são palavras e são sentimentos. São amores, são paixões, são histórias, são sonhos. Fizeste-me feliz e acho que é essa a função de um autor: fazer feliz quem nos lê. Um enorme beijinho e continua sempre. Escreve como se o amanhã fosse um número fora do calendário :) </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-74862201935420183522014-02-22T23:47:00.002+00:002014-02-22T23:49:23.950+00:00Opinião «Entre o agora e o nunca», de J. A. Redmerski<div style="text-align: justify;">
Um romance fofinho com uma boa dose de pimenta que se tornou, para mim, viciante. Li-o em dois dias sofregamente. Queria saber mais e mais sobre a Cameryn e o Andrew, à medida que as páginas iam voando nas minhas mãos. Uma leitura leve e descontraída até meio do livro, que se tornou impulsiva, enquanto a relação entre ambos ia desabrochando. </div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-MlxTYxu3HHc/Uwk2y-CJNjI/AAAAAAAAAPg/IUHW1cB8K5M/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-MlxTYxu3HHc/Uwk2y-CJNjI/AAAAAAAAAPg/IUHW1cB8K5M/s1600/images.jpg" /></a></div>
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A autora sabe, sem dúvida, espicaçar o interesse do leitor e jogou uma boa cartada final, que me ia fazendo parar o coração e que me levou a emocionar-me várias vezes. Não gostei muito da linguagem usada, especialmente o uso de palavrões, mas consegui inseri-los bem em cada um dos personagens. Adorei o Andrew, especialmente, pelo seu carácter livre, divertido e romântico ao seu jeito peculiar. A Cameryn, a meu ver, como personagem principal, não me cativou, embora tenha compreendido os motivos que lhe moldavam o carácter. Acho que ela só era forte junto do Andrew, o grande alicerce da história. Andei até ao final sem saber se a obra merecia, de facto, as cinco estrelas, mas aquele final arrebatou-me. Adorei as tatuagens e os seus motivos e, claro, aquele último presente que a autora nos concedeu. Muito romântico. Cá aguardo o segundo volume para saber que outras surpresas tem a autora preparadas. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-1741089052789926522014-02-19T11:55:00.001+00:002014-02-19T11:55:07.815+00:00Opinião «A rapariga que roubava livros»<div style="text-align: justify;">
<span id="freeTextreview839897488">Tinha tudo para lhe dar cinco estrelas, mas o final ficou aquém das minhas expectativas. Tantas questões por responder, tanta chacina...eu sei, é a guerra, mas acima de tudo, «A rapariga que roubava livros» é um livro e Liesel merecia mais. Rudy merecia mais. E até Max. Não havia necessidade de acabar com tudo daquela forma, tão triste, tão desumano. Para onde foi Max? O que lhe aconteceu? Quem era o marido e os três filhos de Liesel? O narrador dá-nos tantos pormenores desta rapariga que roubava livros ao longo da história e depois deixa-nos sem nada, quando queríamos tudo. Já nos apaixonámos por ela, já nos apaixonámos por Rudy, e depois? Nem um beijo, saumesh? </span></div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-OOfWDRHRaTU/UwSbP-kGRZI/AAAAAAAAAPQ/lOEW5nRHcuk/s1600/images0E67RT6P.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-OOfWDRHRaTU/UwSbP-kGRZI/AAAAAAAAAPQ/lOEW5nRHcuk/s1600/images0E67RT6P.jpg" /></a></div>
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<span>Markus Zusak, destruíste todos os meus sonhos a meio do livro e depois pegaste neles e cortaste-lhes cada pedacinho do corpo já morto. Como se isso não bastasse, lançaste o que restava dos sonhos à fogueira dos capachos de Hitler e dessa vez não havia nenhuma rapariga de dez anos pronta a resgatá-los. <br />É um livro sublime, contado de uma forma original, poética, dramática e humorística ao mesmo tempo. Adorei Liesel e a sua relação com as palavras e os livros, adorei Max e «O homem debruçado». E o que dizer de «A sacudidora de palavras»? Perfeito, uma das cenas mais bonitas do livro e que me fez chorar. Fez-me chorar também a parada dos judeus em que Hans Hubermann dá pão a um judeu, a cena em que Rudy e Liesel espalham pão ao longo do caminho e uma outra, quando a rapariga encontra Max e lhe recorda a sua história. Amizade. É disso que se trata, não é? Uma árvore de amizade que ninguém pode destruir, nem um partido, nem uma religião, nem a guerra e a sede de poder. Uma das partes mais emocionantes da história, mas...E Hans Hubermann? Não, Markus, não podias ter-lhe feito o que fizeste. É imperdoável. Adorei este homem de olhos de prata. Tinhas de lhe ter dado mais tempo, a ele e a Liesel. Eles precisam um do outro e do seu acordeão, nas noites de pesadelo e de leituras escondidas. Meu Deus, arruinaste as minhas noites e os meus dias calmos. Jamais voltarão a ser calmos. E em noites de pesadelo, sei que verei de novo Liesel e Rudy juntos na alfaiataria do pai dele, mas desta vez, eles beijam-se no chão, quando ele tropeça e cai aos pés dela. E quando Liesel lhe mostrar o livro escrito por Max, Rudy perguntar-lhe-á, da mesma forma: "Falaste-lhe de mim?" E ela dirá, da mesma forma: "É claro que lhe falei de ti". E acrescentará: "Amo-te. Amei-te sempre. Não o sabes? Beija-me, saurkel". <br />Parabéns, Markus Zusak. Cá estarei à espera de mais uma obra tua, para que me destruas os sonhos que ainda me restam. Sim, é tão irónico quanto a morte: beleza e dor ao mesmo tempo. Quem não a aprecia?<a class="actionLinkLite" href="https://www.goodreads.com/book/show/18929926-a-rapariga-que-roubava-livros#">(less)</a></span> </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-88676613133783717372014-01-06T19:20:00.001+00:002014-01-06T19:20:33.416+00:00Giveaway no Goodreads <div style="text-align: justify;">
Caros leitores,</div>
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está a decorrer no Goodreads um Giveaway do livro «As Gotas de um beijo», da minha autoria, editado e publicado pela Alfarroba Edições, em Novembro de 2013.</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9cLO3Os0PvU/UssBSb18qOI/AAAAAAAAAPA/Iwoz6f6Js6k/s1600/20131130_144954.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-9cLO3Os0PvU/UssBSb18qOI/AAAAAAAAAPA/Iwoz6f6Js6k/s1600/20131130_144954.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
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Isto significa, nada mais, nada menos, que vou oferecer um livro autografado, com direito a um marcador, a um dos participantes. Não custa nada, basta um click no link abaixo, e podem ter este romance nas vossas mãos de forma gratuita. Participem! ;)</div>
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<a href="https://www.goodreads.com/giveaway/show/77397-as-gotas-de-um-beijo">https://www.goodreads.com/giveaway/show/77397-as-gotas-de-um-beijo</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-14842883487067270962013-12-22T22:43:00.000+00:002013-12-22T22:44:33.063+00:00Opinião «O Diplomata» - Vasco Ricardo<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Em primeiro lugar, quero agradecer ao autor Vasco Ricardo o facto de me ter, gentilmente, cedido o seu livro, que há muito desejava ler. Já tinha lido algumas críticas à obra, maioritariamente positivas, e ia com boas expectativas para esta leitura, mas a verdade é que não me cativou. Achei a escrita fluída, mas toda a história é, na minha opinião, demasiado fria.</span></div>
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<span style="color: black;"></span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5KE0bpDjNxQ/UrdqZFXvYXI/AAAAAAAAAOw/h34u9k_lgBk/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-5KE0bpDjNxQ/UrdqZFXvYXI/AAAAAAAAAOw/h34u9k_lgBk/s400/images.jpg" width="271" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="color: black;">Não consegui simpatizar com o Gabriel, nem sequer sentir pena dele, por tudo aquilo que passou ao longo da sua infância. É um homem de poder e de sucesso, igualmente feliz no amor, e embora compreenda que a obra não é especialmente um romance, gostava de ter visto mais emoções da parte deste diplomata, não só em relação à família (que vejo quase esquecida ao longo da história), mas em relação a si mesmo e às acções que tornam este homem aquilo que é.<br />Confesso que achei a leitura um pouco penosa, de início, com tanta politiquice e pouca emoção à mistura. As partes que verdadeiramente me prenderam à leitura foram a do passado deste homem (eram sempre as passagens que mais desejava ler). Acho que o passado está bem explícito, mas senti falta que o autor explicasse, no presente, um pouco melhor a razão pela qual Gabriel chega a Secretário de Estado, e a forma como isso acontece. É, sem dúvida, um homem movido pela vingança, mas é uma vingança que não me fez palpitar o coração. Tudo lhe corre bem, sem incidentes, mesmo nos piores crimes que comete, e só no momento em que ele confunde o general com um sósia e teme pela família é que eu dei por mim a desejar saber mais e mais. Porém, foi um sentimento de pouca dura, porque tudo volta a correr bem, e embora eu compreenda os motivos de vingança deste homem, foi-me difícil compreender como é que nunca chega a ser punido por isso (e todos estão a seu favor) quando ele está a fazer o mesmo que fizeram à família dele. <br />Acho que é uma história fria, com personagens frios. Sei que é uma história de vingança, mas não consegui sentir isso como algo verdadeiramente real, que me fizesse odiar ou amar Gabriel. A forma como a obra termina é previsível, sem o ser, devido àquela estranha atitude que Gabriel acaba por tomar. No lugar dele, eu não sentiria paz de espírito, mas ele acabou por sentir, sem ter feito nada do que desejava, e acabando por adiar, uma vez mais, a vingança. <br />Resumindo, gostei da escrita do autor e acho que «O Diplomata» é um livro bem estruturado, mas a história é um pouco aborrecida e previsível. Fico, no entanto, à espera de novas obras do autor. Vou de certeza voltar a apostar.</span> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">Sinopse:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span id="freeTextContainer17900375410077942983"><em>Gabriel é um político norte-americano de topo que possui uma família perfeita e uma reputação imaculada. Contudo, por detrás da sua figura exemplar, um outro homem emerge. Violento, frio e calculista, Gabriel parte em busca de algo e não parará enquanto não for bem-sucedido.<br /><br />"...E quando já ninguém chorava, dei por mim a verter lágrimas que cheiravam e sabiam a sangue..."</em></span> </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-81856729649153057832013-12-20T20:28:00.001+00:002013-12-20T20:28:38.131+00:00Pack de Natal «O Funeral da Nossa Mãe» e «As Gotas de um Beijo»<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_52b4a76f61d427764538825">
Eu e a autora <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000273716334&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/celia.loureiro.89">Célia Loureiro</a> unimo-nos numa iniciativa de Natal, que conjuga as nossas duas últimas obras publicadas, ambas editadas pela <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001443958382&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/alfarroba.edicoes">Alfarroba Edições</a>. </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
</div>
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</div>
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</div>
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-BEWbc_9QP3M/UrSnoSZVuwI/AAAAAAAAAOg/sVJpSUDBb3A/s1600/1514115_10152474311599689_405032471_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="http://3.bp.blogspot.com/-BEWbc_9QP3M/UrSnoSZVuwI/AAAAAAAAAOg/sVJpSUDBb3A/s640/1514115_10152474311599689_405032471_o.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="text_exposed_root text_exposed">
São dois romances contemporâneos, unidos num pack de Natal bastante tentador, válid<span class="text_exposed_show">o até ao dia 31 de Dezembro! </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Os interessados poderão adquirir os dois exemplares, «O Funeral da Nossa Mãe» e «As Gotas de um Beijo», por apenas 17 euros. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Quem já tem os dois exemplares, pode sempre oferecê-los a quem mais ama, neste Natal! Para encomenda de exemplares, enviem-nos mensagem privada através das nossas páginas, no Facebook. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Aproveitem! Eu sou suspeita, mas ambos os romances são muito bonitos, à sua maneira, e não tenho dúvidas de que é um maravilhoso presente de Natal! </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Obrigada e Boas Festas! :)</span></div>
</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-50367643753105322452013-12-16T13:31:00.002+00:002013-12-16T13:32:43.590+00:00Opinião - Amores Contados - Alfarroba Edições<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">«Uma questão matemática» - 3</span><br />
<span style="color: black;">«As fotografias falam baixinho» - 4</span><br />
<span style="color: black;">«Amor de viagem» - 1</span><br />
<span style="color: black;">«Café Avenida» - 4</span><br />
<span style="color: black;">«Um, dois, três» -3</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-bbzvryKjyC4/Uq8Ag05B4AI/AAAAAAAAAOQ/vtEqpRqDtrI/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-bbzvryKjyC4/Uq8Ag05B4AI/AAAAAAAAAOQ/vtEqpRqDtrI/s400/images.jpg" width="299" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">No geral, posso dizer que foi uma leitura agradável, embora o conto «Um amor de viagem» fosse muito lentamente destruindo a minha vontade de continuar a ler. Já explico porquê.</span><br />
<span style="color: black;">Em primeiro lugar, «Uma questão matemática», de Ana Ferreira: Achei a história interessante e bem estruturada, com uma linguagem simples e acessível. É, sem dúvida, uma história de amor entre um casal que acaba por fazer de tudo para não cair no divórcio, uma história real, com personagens que me pareceram reais e me levaram a mergulhar no enredo sem medos. Mas confesso que achei a mulher demasiado forte e o homem demasiado fraco: Elizabete é, para mim, o elo mais forte do casal, enquanto João se deixa levar um pouco pelos desejos dela, chegando a humilhar-se, por vezes. Gostava que ele tivesse sido mais forte e que houvesse mais química entre os dois. No geral, senti falta de um enredo mais romanceado e não tão cru, como aconteceu. A História trata problemas reais, mas eu senti necessidade de sonhar um bocadinho, mesmo ao nível da linguagem usada, porque, por vezes,continha excesso de palavrões, na minha opinião. Isto é um defeito meu, porque eu gosto de coisas queridas e fofinhas, e admito que a história me cativou, ainda assim. Gostei do amor entre o casal, da forma como resolveram as coisas e da questão matemática inerente. Achei muito interessante a forma como a autora expôs as coisas, porque, no fundo, não passa tudo de uma questão matemática. Já tinha lido outros contos da autora e gostei muito. Fico à espera de novas publicações. :)</span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;">«As fotografias falam baixinho», de Cristina Milho, foi uma história que não me cativou de início, mas que me foi conquistando aos poucos. Gostei do sentimento inerente à história, da forma romanceada como a autora escreve e daquele amor tão forte, que nos fica na memória. No entanto, penso que necessitava de ser mais aprofundado, com mais enredo e mais páginas. Acho que a história daria um bom romance.</span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;">«Amor de Viagem», de Francisco Vilaça Lopes, foi, sem dúvida, o conto que me custou a entrar e só o li até ao fim porque não gosto de desistir e não queria passa-lo à frente para começar outro conto. Não consegui perceber a história, nem quem fazia ou dizia ou quê, nem onde estava em qualquer das passagens do livro. Os cenários são confusos, as personagens também, e a história...não a compreendi. O autor passa de um cenário para outro e de um personagem para outro, sem dar qualquer indicação ao leitor, e acaba por ser uma confusão que não se entende. Muito menos compreendi o que tinha a história a ver com romance. «Amores contados» é o tema da coletânea de contos. Não gostei nada.</span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;">«Café Avenida», de Jorge Campião, foi um conto que me surpreendeu. Gostei da escrita, da história e dos personagens. Na verdade, quando terminou, queria mais. Fiquei sempre com a ideia de que a Marta não estava a dizer exactamente a verdade no final da história, e que, no fundo, nem sequer era mulher para Carlos, nem ele para ela. Gostei da aproximação dele com Xiu Fei, do tema da desconfiança e da traição, e da forma como é abordado, deixando, no final, um sabor agridoce na boca do leitor.</span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;">Por fim, «Um, dois, três», de Rosa Bicho Gonçalves: É um conto pequeno, mas bonito. Muitos leitores não gostaram dele, mas eu consegui perceber o sentimento e a mensagem que a autora quis passar, e diga-se, uma mensagem forte e triste ao mesmo tempo. A escrita era fluída, por vezes, outras vezes nem tanto. Fez-me confusão a forma como a autora deixava as frases e os pensamentos em suspenso, mas o tema era interessante e eu gostei.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-82964226614663888892013-11-28T17:52:00.001+00:002013-11-28T17:52:56.917+00:00«As Gotas de um Beijo» apresentado na Biblioteca de Loulé
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
Este sábado, dia 30 de Novembro, pelas 15 horas, irei lançar o meu
segundo romance, «As Gotas de um Beijo», na Biblioteca Municipal de Loulé, uma
obra editada pela Alfarroba Edições. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
obra trata a história de David, um homem solitário, desde que o seu casamento
de vinte anos terminou. É no stand de automóveis que dirige que afoga as
memórias do passado e a solidão do presente. Afastado de casa e dos filhos, é
obrigado a gerir sozinho as acções e as escolhas que fez ao longo da vida, nas
quais Diana, uma amiga de infância que considera irmã, tem um papel
fundamental. Diana é o seu porto de abrigo e o seu braço direito, mas foi mais
do que isso durante o seu casamento agora destruído. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-JUVxOYq62EM/Upd65difRfI/AAAAAAAAAOA/16DCDbxjmbk/s1600/1375718_705565962805232_1724660473_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="336" src="http://3.bp.blogspot.com/-JUVxOYq62EM/Upd65difRfI/AAAAAAAAAOA/16DCDbxjmbk/s640/1375718_705565962805232_1724660473_n.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
afinidade entre David e Diana, também divorciada, é quebrada pela chegada de
uma mulher ruiva que revela muito pouco de si própria. Laura é atraente e
misteriosa, e a atracção entre si e David é mútua e intensa. Será ela a mulher
doce e simples que aparenta ser? Entre a joalharia e o stand, passa a
alternar-se a languidez dos dias com a turbulência das noites e David acaba por
se embrenhar num mundo perigoso de segredos, mentiras e traições. Dividido
entre duas mulheres, estará David a encaminhar-se para o fundo do abismo?</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A apresentação contará com a presença da jornalista Petra Luz, da escritora e professora Sandrine Sousa e do Adjunto do Presidente da Câmara de Loulé, Carlos Carmo. <br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-82257790508719341592013-11-13T23:09:00.000+00:002013-11-13T23:10:22.523+00:00Uma vida ao teu lado - Nicholas Sparks - OPINIÃO<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Confesso que já tinha saudades de Nicholas Sparks, da simplicidade com que escreve as suas histórias e da intensidade que envolve cada um dos seus personagens. É, como não podia deixar de ser, mais um livro que nos leva, por vezes, às lágrimas, e que nos obriga a pensar na vida, mais do que uma vez. </span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-x98pmtOiuns/UoQEz5b1NGI/AAAAAAAAANw/eLUPuFkyuok/s1600/sem+nome+nicholas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-x98pmtOiuns/UoQEz5b1NGI/AAAAAAAAANw/eLUPuFkyuok/s1600/sem+nome+nicholas.png" /></span></a></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Ao contrário do que é habitual, porém, em «Uma vida ao teu lado», o autor escreve duas histórias paralelas, envolvendo dois casais que não podiam ser mais distintos e separados pelo tempo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Numa ponta da linha, temos Ira e Ruth, ele com 90 anos e ela já falecida, mas que lhe fala ao ouvido durante um trágico acidente que o encurrala durante grande parte da história, onde ficamos a saber aquilo que os uniu e separou. Na outra ponta, temos Sophia e Luke, ambos na casa dos vinte, ela com uma vida despreocupada na faculdade, ele com uma história, a meu ver, muito interessante, sendo um montador de touros quase por obrigação para salvar o rancho da mãe. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Devo dizer que Ira e Ruth salvaram a história. Ele é um homem às direitas, como já não se fazem homens. E o próprio o confessa na primeira frase do livro: "Por vezes, penso que sou o último da minha espécie". Ira é um homem que viveu sempre consoante as regras e que amou uma mulher mais do que a si mesmo. Amar o outro também é amarmos aquilo que o outro ama e ele fê-lo com uma mestria que me comoveu imenso. Nicholas Sparks retrata este amor como tão bem sabe fazer, com profundidade e verdade, e leva-nos a viajar com aquele casal aos sítios que visitou, às pessoas que conheceu e à forma como amou. Adorei a forma como a sua história foi contada, na iminência da morte, dentro daquele carro, prestes a cair da colina, com Ruth sempre presente, a falar-lhe ao ouvido, com todas as idades ao mesmo tempo. Foi um amor que me arrebatou. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">A história de Sophia e Luke vai interligar-se com a deste casal de uma forma impressionante, muito bem pensada, que me fez arder os olhos nas últimas páginas e pensar: "o mundo é justo, para gente justa". Adorei a história de Luke e toda aquela situação da mãe, mas por algum motivo, a Sophia, na minha opinião, não encaixou. Achei-a deslocada da história, penso que a aproximação entre ela e Luke se deu demasiado depressa, sem grande intensidade, e nunca acreditei verdadeiramente naquele amor repentino. Continuo com a ideia que não têm muito a ver um com o outro, e não sei como poderia a relação resultar. Foi um casal que não me caiu bem. É, ainda assim, uma história bonita, como Nicholas Sparks já nos habituou, e tanto Ira como Ruth ficarão guardados na minha memória e no meu coração.</span> </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-31678708126223044592013-11-11T22:04:00.000+00:002013-11-11T22:06:20.872+00:00A Hora tardia - Aniversário do blog «O Sofá dos Livros»<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É tarde e sabia que o
devia ter feito mais cedo. Mas ainda é tempo, porque há sempre tempo para ler e
para escrever. Hoje, ainda é dia, e embora os meus dias tenham sido sempre
curtos demais, neste mundo das letras, das palavras, das histórias e dos
sentimentos, não posso negar a ninguém um pedido, quando me pedem que escreva,
e quando esse pedido é um convite tão especial. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><span style="color: black;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Fckwy-uz1wQ/UoFTs8Ovb6I/AAAAAAAAANg/PFDnW5_lPC0/s1600/escrever.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="215" src="http://1.bp.blogspot.com/-Fckwy-uz1wQ/UoFTs8Ovb6I/AAAAAAAAANg/PFDnW5_lPC0/s400/escrever.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><span style="color: black;"> </span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Foi mais um dia de sol
e de calor, em meados de Novembro. É estranho, não vos parece? Estas
temperaturas tão altas, num mês como este, que antecede Dezembro, o Natal e a
neve, pelo menos nos nossos sonhos. Mas devo dizer que é reconfortante escrever
com o sol a brilhar do lado de fora. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ora,
tretas!</i> É sempre reconfortante escrever, mesmo com frio e chuva a cair do
outro lado da janela. Podemos escrever sobre sol, quando chove, e podemos
escrever sobre a chuva, quando faz sol. É maravilhoso, não é? Até onde o mundo
das letras nos pode levar? E é de letras que vos quero falar. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Foi neste mês, em 2012,
que dei a conhecer as minhas letras ao mundo. Não vou vangloriar-me, porque
hoje não é o meu dia, é simplesmente o dia do primeiro blog que me leu e
criticou, e que eu descobri por acaso na internet.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Este romance de estreia é surpreendente (...) um livro empolgante
que nos deixa sem fôlego. <o:p></o:p></span></span></i></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Foi esta a
primeira frase que me fez olhar para o Sofá dos Livros e decidir sentar-me nele
a ler o resto. Não conhecia a Liliana, nem ninguém do mundo dos blogues,
confesso, quando li esta crítica, e podem imaginar como fiquei entusiasmada ao
perceber que era a primeira opinião ao meu romance. O que tinha dito eu? Que
não queria vangloriar-me? Sei que já estou a fazê-lo, mas é também uma forma de
vangloriar a Liliana e o trabalho que tem feito com os livros e os autores. São
blogues como o dela que nos levam ao mundo, que nos dão a conhecer, que
transformam as nossas letras em histórias de vida reais, para pessoas reais.
Foi também ela a primeira pessoa a fazer-me uma entrevista sobre os meus
escritos e quero parabilizá-la por este dia tão especial, apenas mais um de
tantos que se seguirão. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Ela
pediu-me que escrevesse um conto, mas saberei escrever contos? Gosto de longos
romances, longos pensamentos e páginas e páginas de palavras e...não sei se
saberia escrever um conto que alguém desejasse ler. É mais difícil do que
parece, pôr tantas palavras e tantos sentimentos em algo tão pequeno. Sou
demasiado descritiva e...sim, é um assunto a pensar, mas a verdade é que ando
tão absorvida nos meus projectos que não tive tempo de pensar em fazê-lo.
Gostaria de fazê-lo bem, não de fazê-lo apenas, e por falta de tempo, escrevo
este texto. Não é um conto, nem uma história de vida, são apenas sentimentos aleatórios
sobre a escrita e a arte que nós, todos leitores e alguns escritores, amamos. A
arte que a Liliana ama.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Já não faz
sol. Ele já não brilha lá fora, nem me aquece a vista e o coração. É noite
cerrada e as estrelas brilham no céu, mas a temperatura está amena, tal como eu
gosto, e sinto-me feliz por estar a fazer também aquilo que amo. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Com um livro
nas mãos, sentados num sofá, podemos viajar para onde desejarmos, com quem
desejarmos e da forma que quisermos. Podemos conhecer pessoas, locais e
histórias de vida que nos marcam, que nos mudam, que nos tornam melhores.
Existe viagem mais impressionante? Neste dia que é do Sofá dos Livros, dos
mundos e das histórias que conhecemos e das vidas que ainda vamos conhecer, só
posso desejar que a leitura seja acessível a todos e que nenhuma criança possa
dizer um dia:<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Eu não sei ler.<o:p></o:p></span></span></i></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: black;">Que, pelo
menos em dias de festa, o livro seja gratuito e acessível a todos, mesmo
àqueles que não têm posses, porque também esses são gente, com direito a amar e
a sonhar. E é por um mundo melhor que rezo hoje, sentada no meu sofá, com um
livro no colo. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: black; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-51250744503327589942013-11-04T19:22:00.000+00:002013-11-04T19:22:25.937+00:00Passatempo «O Intruso» - RESULTADO<div style="text-align: justify;">
Para não vos fazer esperar mais, porque quem espera sempre alcança, mas também desespera, trago-vos esta noite o resultado do passatempo de aniversário «O Intruso», que decorreu ontem, no dia em que o meu primeiro romance completou um ano. Ao todo, o passatempo contou com sete participantes, a quem agradeço muito o esforço e a dedicação ao apresentarem-me as vossas fotografias. Adorei todas elas, porém, e só porque tem mesmo de ser, tive de escolher uma, que, na minha opinião, se destacou e me levou a pensar: "ela esmerou-se". Adorei a fotografia e o esforço nela implícita. Está original e extremamente trabalhada e demonstra exactamente aquilo que eu desejava: que o leitor se revesse nela e que sentisse vontade de ler o livro, só de a observar.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E sem mais demoras, a fotografia vencedora foi a de Cátia Mogo, que segue abaixo:</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-IOMDiDg3BYo/UnfxvdhNMEI/AAAAAAAAANQ/WtaQKUWgn7Q/s1600/860413_10200235074194463_542426899_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="http://1.bp.blogspot.com/-IOMDiDg3BYo/UnfxvdhNMEI/AAAAAAAAANQ/WtaQKUWgn7Q/s640/860413_10200235074194463_542426899_o.jpg" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
Parabéns, Cátia, e obrigada pela tua participação! Irás receber a partir do dia 30 de Novembro um exemplar autografado do meu novo romance «As Gotas de um Beijo», e um marcador alusivo ao livro. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A vencedora será contactada via facebook, por mensagem privada, ou através de e-mail. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-41456850599329513712013-11-03T22:44:00.001+00:002013-11-03T22:44:34.853+00:00O Intruso faz um ano!<div style="text-align: justify;">
Este domingo, dia 3 de Novembro, «O Intruso» faz um ano. </div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-pRkfWsdriac/UnbQUdHy8yI/AAAAAAAAAM4/KAL_uhzqHJQ/s1600/untitled.bmp+6.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-pRkfWsdriac/UnbQUdHy8yI/AAAAAAAAAM4/KAL_uhzqHJQ/s320/untitled.bmp+6.bmp" width="213" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
Foi no dia 3 de Novembro de 2012 que foi lançado o meu primeiro romance e, para assinalar esta data especial, decidi oferecer um exemplar da minha próxima obra, «As Gotas de um Beijo», a ser lançada no dia 30 de Novembro, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Loulé. </div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-qRl-yY4I8s0/UnbQcXENmTI/AAAAAAAAANA/wcLjub_M5BI/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-qRl-yY4I8s0/UnbQcXENmTI/AAAAAAAAANA/wcLjub_M5BI/s320/sem+nome.png" width="210" /></a></div>
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Eu adoro oferecer livros e, se pudesse, oferecê-los-ia todos para serem apreciados e opinados pelos meus leitores. Infelizmente, não posso, e por isso, ofereço apenas um, com direito a um marcador alusivo ao livro. (Que, diga-se de passagem, é lindo, lindo, lindo, feito pela minha amiga e leitora-beta Ana Ferreira! :))Para se habilitarem a receber este exemplar, basta clicarem no link abaixo e participar consoante as regras do jogo. Tem a ver com fotografias e tenho a certeza de que vão gostar! Vamos lá, ainda têm tempo! Sorteio válido até à meia-noite! :) </div>
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<a href="https://www.facebook.com/events/131006100419028/">https://www.facebook.com/events/131006100419028/</a><br />
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<div style="text-align: justify;">
Já devem estar todos fartos de me ouvir dizê-lo, mas eu adoro esta história e, por muitas vezes que a leia, continuo a gostar dela. É um livro muito especial para mim e espero que possa ser igualmente especial para quem vai recebê-lo de presente. Boa sorte! ;)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-45789258835392553422013-11-03T22:10:00.001+00:002013-11-03T22:10:37.945+00:00Opinião «Do Céu, com amor», de Michelle Holman<div style="text-align: justify;">
Este livro foi uma autêntica lufada de ar fresco. Adorei! Confesso que estava um pouco de pé atrás, ao início, porque as críticas que tinha lido sobre este livro eram muito boas e as expectativas eram altas. Comecei desconfiada e retraída, mas aos poucos, passo a passo e linha a linha, comecei a render-me. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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Michelle Holman escreve com uma leveza e um senso de humor notáveis e eu ri-me muito ao longo da história. O título, «Do Céu, com amor», cativou-me desde o primeiro momento, bem como a sinopse da contracapa (linda, por sinal). Quem me conhece sabe o fascínio que tenho por estes temas do além, mas nunca pensei que a história fosse retractada da forma como o foi. </div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Rx2XKUUDgs0/UnbIFjPyxLI/AAAAAAAAAMo/0VSZndxx-Rw/s1600/250_9789897260537_do_ceu_com_amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-Rx2XKUUDgs0/UnbIFjPyxLI/AAAAAAAAAMo/0VSZndxx-Rw/s400/250_9789897260537_do_ceu_com_amor.jpg" width="265" /></a></div>
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Foi uma agradável surpresa, sem dramas ou demasiado mistério, nem terror à mistura. O tema da reencarnação foi bem planeado e resultou em cheio, sendo retractado com uma leveza e um humor pouco comuns. </div>
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A Lisa é extraordinária, com um carácter envolvente e extremamente bem caracterizado, no seu fascínio pelas coisas boas da vida, pela amizade e pelo amor à família, e pelo seu desprezo em relação às aparências. Adorei o seu senso de humor e a forma como lidou com toda a situação. O Dan, bem, é um homem com H grande, com uma frieza, ao início, perfeitamente compreensível e que eu adorei ver desfazer-se nos braços de Lisa. Adorei a sua protecção para com ela e a forma como se compreenderam e se amaram mutuamente, no meio de todos aqueles conflitos que pareciam não ter fim. A autora soube agarrar o leitor à história de uma forma peculiar e parabilizo-a pelo enredo que arranjou. Amei a Sherry, na sua força e, simultaneamente, incredulidade, e no seu amor à irmã, e gostava de ver de que forma continuaria a sua história com o irmão de Dan. Acho que tinha pernas para andar. </div>
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E o que dizer do final? Fez-me sorrir. Acho que não podia terminar de outra forma. Senti que estava perante um casal perfeito, duas pessoas que tinham de encontrar-se, porque têm tudo a ver uma com a outra, um amor que foi crescendo e que se tornou naquilo que todos queremos: completar o nosso coração com a metade que falta, independentemente das suas diferenças. </div>
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Já soube que vai haver filme e eu lá estarei para o ver! :) Quanto a próximos livros da autora, contem comigo. Este, pelo menos, é um bom livro para se ler nas férias, seja Inverno, seja Verão, relaxante e romântico na medida certa, que vai tocar os corações mais românticos. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-32779920135124351162013-10-23T22:26:00.000+01:002013-10-23T22:26:05.044+01:00Opinião - A Praia das Pétalas de Rosa» - Dorothy Koomson<div style="text-align: justify;">
Há livros cujas primeiras frases nunca esqueço, e esses são sempre os meus preferidos. «É aqui que a minha vida começa» é apenas o início de um grande romance, da autoria de Dorothy Koomson, a minha estreia com a autora e, devo dizer, que estreia! Adorei «A Praia das Pétalas de Rosa» e todas as reviravoltas inesperadas que a autora soube trabalhar, e adorei a forma como a obra foi escrita, alternando entre passado e presente, sempre muitíssimo bem explícito, com uma escrita simples, fluída e intensa. Adorei o facto de ninguém ser o que parecia, ao início, o que me deu espaço para imaginar, e adorei surpreender-me até à última linha. </div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0xcXcdRw5Zg/Umg-ADsZRnI/AAAAAAAAAMY/f6zcpBUAdI4/s1600/9789720044471.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-0xcXcdRw5Zg/Umg-ADsZRnI/AAAAAAAAAMY/f6zcpBUAdI4/s400/9789720044471.jpg" width="258" /></a></div>
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É uma história sobre amizade, amor e confiança, e confesso que me senti triste em muitas das páginas, pelas amizades e pelos amores perdidos, e pela desconfiança que a personagem principal, Tami, foi obrigada a adquirir para desvendar a verdade. Esta história fez-me pensar em quão cegos somos, por vezes, quando damos as coisas por garantidas, e entristeceu-me ver até que ponto pode chegar um amor e uma história de vida, moldada pela passagem dos anos e pela mudança das personalidades e dos estilos de vida de cada um. É também uma questão de escolhas, mas não deixou de entristecer-me aquilo em que Tami e Scott se tornaram. A Tami foi sempre, para mim, uma mulher forte e independente, com uma noção muito vincada sobre aquilo que queria da vida, mas o amor de Scott acabou por lhe transformar as escolhas, incluindo uma carreira de sucesso, e Tami passou a ser não mais do que uma mãe e uma dona de casa, dedicada às filhas, ao marido e à família, no fundo. Fez-me crer que era feliz com esta escolha, mas penso que se perdeu algures pelo caminho, por falta de outra opção. O Scott não foi, para mim, um homem que me tenha deslumbrado, mas enterneceu-me a relação entre ambos, aquela amizade turbulenta, o namoro descriminado e a luta por uma união e um casamento feliz, contra tudo e contra todos. Por vezes, nem o amor basta, e a verdade é que, por muito que custe admitir, por vezes as coisas mudam, com o passar dos anos. Senti pelo Scott raiva e tristeza ao mesmo tempo, e o mesmo posso dizer da Beatrix, e até eu me senti mal por ter desconfiado, em certa altura, da Mirabelle, uma personagem fiel e a musa da Praia das Pétalas de Rosa, até ao fim. </div>
<div style="text-align: justify;">
«A Praia das Pétalas de Rosa» é uma história e uma lição de vida, que nos ensina a nunca nos esquecermos de nós próprios, nem por um marido ou por um filho. Uma obra que ainda tem a mestria de nos levar à lenda desta praia, romântica e imperdível. Uma história realista, com um final realista, que me fez desejar ler outros romances da autora. Uma excelente estreia, sem dúvida. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-10259229887843881102013-10-22T22:52:00.000+01:002013-10-22T22:52:29.352+01:00Opinião - Traída pelo Destino - Emma Wildes<div style="text-align: justify;">
«Traída pelo Destino», de Emma Wildes, é o segundo volume desta trilogia que começa com «Sussurros ousados», a minha estreia com a escritora que, confesso, me arrebatou. Neste segundo volume, a história já não incide sobre Lady Cecily e Lorde Augustine, um casal que tenho guardado na memória e no coração, mas sim na irmã deste, Lady Lilian, e Damien, um homem que ela conhece nas piores circunstâncias, depois do escândalo por que Lilian já tinha passado. </div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3LB5Y9CdXnw/UmbzAEt28wI/AAAAAAAAAMI/F8H6UNRx1_0/s1600/TRADA_~1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-3LB5Y9CdXnw/UmbzAEt28wI/AAAAAAAAAMI/F8H6UNRx1_0/s320/TRADA_~1.JPG" width="209" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
Os dois acabam por encontrar-se numa biblioteca, trancados à chave, e é aí que tudo começa. Confesso que adorei este início e esta ideia de romance pautado pela sensualidade que estes dois jovens nos transmitem desde o primeiro momento. Senti-me arrebatada logo nas primeiras páginas, na descontracção de Damien e nos recuos de Lilian, por razões já conhecidas no primeiro volume, mas à medida que a história foi avançando, foi esmorecendo. Embora tenha gostado do romance entre os dois e da veia policial que a autora inseriu na história, com alguns desaparecimentos e outras mortes que Damien, já conhecido como eterno espião, foi obrigado a desvendar, o romance tornou-se, talvez, rápido demais, com tudo a acontecer demasiado depressa, sem dar tempo ao leitor de se habituar ao casal e à sua história de amor. O que realmente fez valer a história, a meu ver, foi a relação entre James e Regina, uma união muito pouco comum, cativante e inspiradora, que me fez desejar, ao longo das páginas, que estes personagens surgissem mais vezes e me recordassem o valor da autora. </div>
<div style="text-align: justify;">
O final soube-me a muito pouco. Achei-o demasiado pacífico e muito pouco cativante, o que me levou às três estrelas, mas é inegável a forma deslumbrante como Emma Wildes preenche as suas páginas, com uma sensualidade e um erotismo sem igual, uma escrita floreada e bonita, que nos faz sorrir. Neste ponto, não desiludiu, mas Lilian e Damien não ficarão na minha memória, tal como aconteceu com Cecily e Augustine, um primeiro volume que só podia ter começado com o pé direito. Fico a aguardar o próximo e espero deslumbrar-me. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-50746318513593858562013-09-12T22:02:00.000+01:002013-09-12T22:02:23.316+01:00E depois do Anjo, vem o Diabo<div style="text-align: justify;">
Boa noite, leitores,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é dia de actualizar o blog, depois de algum tempo desprezado. É verdade, não lhe tenho ligado muito, mas não por falta de ideias ou de vontade de escrever, pelo contrário. A verdade é que me tenho dedicado muito à escrita daquele que foi o segundo romance que escrevi, «O escultor», e que nunca publiquei. É um género diferente daquilo que tenho feito até aqui, um romance policial com uma carga sentimental muito forte, portanto peço-vos que me perdoem a ausência, mas tenho estado a trabalhar para vocês. É verdade, estou a criar um amor forte entre os meus dois personagens principais, um amor que vai crescendo de capítulo a capítulo e que me tem dado um gozo enorme. Tenho apostado também muito nas personagens secundárias e, inesperadamente, posso dizer que me apaixonei por elas. A acção decorre no Verão e é isto que me faz lembrar: um paraíso na praia, no meio de um desaparecimento inesperado e de um possível crime que vai mudar para sempre as vidas de Alice, Mariana e André. </div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-QYcsv7h0n_I/UjIpWGIb9mI/AAAAAAAAALk/MbBRG-9OP-w/s1600/praia-linda-das-ilhas-cook-9f8511.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-QYcsv7h0n_I/UjIpWGIb9mI/AAAAAAAAALk/MbBRG-9OP-w/s320/praia-linda-das-ilhas-cook-9f8511.jpg" width="320" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
Conto, de momento, com 295 páginas no word, e estou mais ou menos a meio da história. Estou tão contente com o rumo que está a tomar! Eu sei que vocês, leitores, querem notícias para já e eu também as quero, mas para já, tenho para vos oferecer «As Gotas de Um Beijo», com lançamento marcado para o dia 30 de Novembro, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Loulé. É verdade! está quase! E tenho surpresas preparadas para os meus leitores! Estou tão ansiosa com este livro e com a primeira opinião que terei de vós! Só quero que o devorem e que o amem como eu. É uma história de amor e de amizade bonita e real e mal posso esperar para a ter nas mãos. </div>
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E é isto. Já tinha dito uma vez que é muito interessante partilhar com os leitores o processo de uma história, de um capítulo a um manuscrito e de um manuscrito a uma obra, porque os vossos incentivos e opiniões também me fazem continuar. Um dia, um dos meus colegas de redacção disse-me: "Não publiques já «O escultor». Podes sempre melhorá-lo". Hoje eu digo: "Palavras sábias. Obrigada, Rodrigo. É o que estou a fazer. Se visses o meu escultor hoje! A história é a mesma, os personagens também, mas é tudo diferente e melhor! És um homem íntegro e sensato que me fez crescer ao longo dos anos e o primeiro a ler alguma coisa escrita por mim. Sem ti, não teria chegado à primeira publicação". É caso para dizer que depois de trabalhar no Anjo, vem o Diabo, porque o escultor não é mais do que isso. Enquanto o «Anjo do Diabo» aguarda mais apreciações-beta, o escultor segue o seu caminho. Obrigada por tudo e fiquem atentos às novidades :) </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-868326158058647749.post-36451870596433401742013-08-05T18:54:00.000+01:002013-08-05T18:54:45.742+01:00«As Gotas de um Beijo» já tem capa! :)<div style="text-align: justify;">
Para os leitores mais curiosos, segue abaixo a capa do meu segundo romance, «As Gotas de um Beijo», com publicação prevista para perto do Natal, pela Alfarroba Edições :D Deixem-me as vossas opiniões!</div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-iGi0s8IWjlw/Uf_kZj12ZXI/AAAAAAAAALE/WvrCZB6vl_A/s1600/sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-iGi0s8IWjlw/Uf_kZj12ZXI/AAAAAAAAALE/WvrCZB6vl_A/s640/sem+nome.png" width="419" /></a></div>
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E para quem gostaria de saber como é que esta história surgiu, deixo aqui a minha própria opinião sobre o livro e os personagens <a href="http://www.goodreads.com/review/show/637929531">http://www.goodreads.com/review/show/637929531</a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Escreva o que escrever, esta história será sempre especial para mim, por todos os motivos do mundo. E tem sido assim a minha vida: escrever, ler, escrever, trabalhar e escrever, porque isto é mais do que um trabalho: é prazer. Quando escrevo, não vejo capas, nem publicações, nem vendas. Vejo histórias, personagens e vidas e apaixono-me completamente por todas elas. Adoro e detesto, rio e choro e...é viver, a leitura e a escrita, mais do que qualquer coisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou ansiosa para colocar esta história nas vossas mãos e espero que a apreciem, porque é minha, mas quando a lerem, será vossa e de toda a gente. :) </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17563321748282987907noreply@blogger.com2